Talvez não seja tão simples explicar o que é PNL, mas podemos definir de algumas formas. A PROGRAMAÇÃO NEUROLINGUÍSTICA é uma expressão um tanto obscura que na verdade compreende três ideias simples.
A “Neuro” da PNL define que os comportamentos nascem dos processos neurológicos da visão, audição, olfato, paladar, tato e sensação. Percebemos o mundo através dos cinco sentidos. Dessa forma, compreendemos a informação e depois agimos. Corpo e mente formam uma unidade inseparável, um ser humano.
A “Linguística” sugere que usamos a linguagem (verbal ou não) para ordenar nossos pensamentos e comportamentos e nos comunicarmos com os outros.
A “Programação” refere-se à maneira como organizamos nossas idéias e ações à fim de produzir resultados.
A PNL é uma ferramenta educacional, não uma forma de terapia. Nós ensinamos as pessoas coisas sobre como seus cérebros funcionam e elas usam estas informações para mudar. Richard Bandler.
A ideia é simples, com uma estrutura complexa. Vamos nos aprofundar cada vez mais.
Agora que estamos desvendando o que é PNL, vamos começar a abrir o cérebro humano e entender de que forma as informações chegam até lá, para só depois ser interpretado e retornar de forma consciente ou subconsciente.
Já de pronto vamos aprender que a comunicação entre as pessoas se dá através dos nossos sentidos: VISÃO, AUDIÇÃO, PALADAR, TATO E OLFATO. Nada chega ao nosso cérebro sem antes passar por eles.
Perceberemos que o processo tem início com um evento externo que nós experimentamos através de nossos sentidos ou canais sensoriais de entrada que são classificados em CANAL VISUAL, CANAL CINESTÉSICO e CANAL AUDITIVO:
De acordo com a PNL cada um de nós nos comunicamos através de um desses três canais: ou somos mais visuais, ou mais auditivos ou mais cinestésicos. Nossas respostas para o mundo atuam por esse três canais.
Agora imaginem uma situação. Nossos sentidos emitem ao cérebro cerca de 11 milhões de bits por segundo, mas o cérebro absorve apenas 40 bits. Para entender a proporção, significa que apenas 0,00036% de toda essa informação “entra na cabeça”.
Entender o ser humano não é uma tarefa simples e de certa maneira, tentamos compreender porque quando duas pessoas presenciam o mesmo evento, sentem coisas diferentes a respeito, uma gosta e outra detesta determinada situação, música, carinho, cor, etc.
Como vimos anteriormente, nós somos mais visuais, auditivos ou mais cinestésicos. Se somos mais visuais, temos a tendência em recordar com mais detalhes uma paisagem, por exemplo. Se somos mais auditivos, nossa memória vai nos lembrar dos pássaros cantando ao invés da cor deles. No caso de pessoas cinestésicas, vamos ter recordações mais fortes da brisa ou de algum momento em que fomos abraçados.
Mas além disso, temos meios nos quais a situação/evento é interpretada. Através de uma sistema interno de filtragem que determina como nós omitimos, distorcemos ou generalizamos as informações recebidas de forma visual, auditiva ou cinestésica.
OMISSÃO
É quando prestamos atenção a certos aspectos de nossas experiências e omitimos outros, ou simplesmente os anulamos, pois não poderíamos tratar de forma consciente um excesso de informações.
DISTORÇÃO
É quando fazemos mudanças nas informações recebidos pelos nossos sentidos, através de uma representação distorcida da realidade e aceita como verdadeira pelo nosso consciente. Muito se usa dessa técnica no processo de automotivação.
GENERALIZAÇÃO
É o processo de globalizar as conclusões baseadas em uma, duas ou mais experiências vividas anteriormente. Pode ser positiva quando generalizamos para aprender,ou negativa quando pegamos um único evento e levamos como experiência pela vida.
Agora sabemos que nós omitimos, distorcemos e generalizamos as informações. Usando um processo interno de triagens formado por Meta-programas (Valores, Crenças, Decisões e Memória) é que vamos definir nossa personalidade.
META-PROGRAMAS
É a maneira pela qual processamos a informação preservando ou fragmentando as generalizações que fazemos ao longo do tempo.
VALORES
São aquelas idéias nas quais estamos dispostos a investir tempo, recurso ou energia, tanto para obtê-las, como para evitá-las.
A forma peculiar de vermos e sentirmos o mundo formando certos valores dos quais não abrimos mão e pelos quais podemos conflitar com outros que tem valores diferentes ou antagônicos.
CRENÇAS
São pressuposições que temos sobre determinadas coisas que podem criar ou negar nosso poder pessoal. As crenças são a nível inconsciente as nossas chaves Liga/Desliga de nossa habilidade de fazer qualquer coisa no mundo, pois se você não acredita poder realizar alguma tarefa, provavelmente nunca terá a oportunidade de descobrir que pode, ou não.
MEMÓRIAS
Alguns cientistas do comportamento dizem que “nossa personalidade é o conjunto de memórias que acumulamos durante a vida”. Nossa coleção de memórias afetam nossas percepções e nosso comportamento.
DECISÕES
Diretamente relacionada com a memória, a decisão sobre quem somos, podem afetar toda a nossa vida. Decisões podem criar crenças, valores, atitudes e até o modo de viver.